terça-feira, 20 de setembro de 2011

Whitesnake + Judas Priest em BH - Um épico


Disposta a aproveitar o máximo destes aguardados show, resolvi me preparar antecipadamente. Desde que os ingressos foram comprados, algo em torno de três meses atrás. Era extremamente necessário, pois eu não conhecia o Judas Priest. Então, comecei do começo: baixei uma coletânea e ouvi, dezenas de vezes. Depois, passei a ver no You Tube os clipes ou apresentações das músicas que fariam parte do setlist da turnê Epitaph. Não deixei de baixar e ouvir também o novo disco e o setlist da turnê do Whitesnake. O álbum "Forevermore" está muito bom, pesado e melódico na medida certa. Às vésperas dos shows, passei a ver as apresentações das turnês 2011 das duas bandas e no dia do show, vi os vídeos dos shows do Rio/São Paulo. Eu sabia a ordem das músicas e até mesmo como seria o cenário do show do Judas. Mas nada disso conseguiu me preparar para o que eu vi na noite de 13 de setembro de 2011. Nada seria capaz de me preparar para aquele momento épico.

Assim como as outras atrações internacionais que conferi no Chevrolet Hall, Coverdale e sua trupe foram pontuais. Eu ainda estava preparando para me sentar e quase caí com a onda sonora que me atingiu com "Best Years".




O show do Whitesnake foi ainda melhor do que o de 2008. Coverdale aproveitou a casa cheia para realizar um show fantástico. Com quase quarenta anos de carreira, David sabe lidar com o público como poucos. Esta é uma das melhores, se não a melhor, formação que o Whitesnake já teve. A parceria de Coverdale com o guitarrista Doug Aldrich caiu como uma luva para garantir uma sonoridade renovada para a banda. O resultado foi um show empolgante como há muito não se via. Só o Whitesnake já tinha feito valer a espera e o ingresso.

Acho que o Coverdale quis garantir a todos uma performance inesquecível, para que a apresentação não fosse lembrada somente como aquela que antecedeu ao show do Judas Priest. E conseguiu!




Enquanto aguardávamos o grande momento da noite, um enorme pano cobriu o palco, para aumentar ainda mais a ansiedade de todos os fãs. A essa hora, o Chevrolet Hall já havia se transformado em Chevrolet Hell, mas felizmente o calor nas arquibancadas não era tão intenso.


Eu não achava que Rapid Fire era uma boa música para começar um show. Mas estava completamente equivocada. E era só o início do evento artístico/cultural mais fantástico que eu já vi até hoje.

Foi uma pancadaria, uma pauleira atrás da outra, mal tínhamos tempo de respirar. A performance do Rob Halford é SEN-SA-CIO-NAL! Como é que um cara de 60 anos de idade consegue cantar daquele jeito?!?

Tudo foi perfeito! A casa lotada, a banda impecável, o cenário impressionante, os efeitos fantásticos - uma mega-produção como não imaginava ver algum dia. Até mesmo as constantes mudanças de figurino do Halford, acho que quase dez vezes. Em alguns momentos, eu simplesmente ficava de queixo caído, embasbacada, sem reação para a maravilhosa experiência. O Leo ficou tão emocionado que mal conteve as lágrimas, por umas três vezes.

Não faltou nada, nem a Harley Davidson e nem a homenagem ao público, com Halford enrolado a bandeira brasileira e a projeção da bandeira enquanto o vocalista regia os fãs num coro. Foi LINDO!

Acabei descobrindo a função social de concertos de rock. A chance dos fãs de fazerem o que mais gostam e não podem fazer em casa - escutar sua banda favorita no último volume e cantar a plenos pulmões enquanto acompanham a apresentação ao vivo. O Leo disse nunca ter cantado tanto num show de rock.

Foi sem dúvida alguma um dos maiores e mais incríveis shows já realizados na capital mineira. Pra mim, foi uma experiência épica, incrível e maravilhosa que valeu a pena ter vivido. Se eles se apresentassem novamente, eu estaria lá. Se eles ainda estivessem se apresentando neste momento, eu estaria lá. Compensou até o último centavo pela oportunidade de vivenciar tão grandioso espetáculo. Pode até ser que o Judas Priest encerre mesmo sua carreira, mas com certeza será eterno para os fãs que compartilharam este momento épico.

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