domingo, 8 de maio de 2011

"Black Swan" é como um prato exótico, difícil, que precisa ser apreciado aos poucos, por camadas, onde cada sabor remete a uma lembrança, a uma identificação com um sentimento. Mas que ficará na memória como uma experiência intensa.

Identifiquei-me, pelo menos a princípio, com vários aspectos de Nina:
- A eterna e permanente luta pelo autocontrole;
- A busca quase obcessiva pela perfeição e a constante sensação de frustração que me consome;
- A necessidade de reconhecimento;
- A sensação de frustração quase materializada em formas idealizadas de auto punição.

Mas ao contrário de Nina, sou reprimida não mais por meus pais, mas por mim mesma, achando ser tolhida  pela sociedade, pelo mercado ou quem mais eu queira responsabilizar no momento.

Ser livre não é sair por ai falando 'o que der na telha', chutando portas ou derrubando paredes. Ser livre é saber conviver consigo mesma, e bastar a si própria. Para ser livre consigo mesma, é preciso ter auto confiança, auto conhecimento, alta estima além do autocontrole. Disciplina para alcançar os objetivos, determinação para não desistir.

Mas tudo isso sem deixar de ser aquilo que se é, pois "o maior obstáculo para você é você mesma. Então supere-se e suerpreenda-se com o resultado". (Bem, não é bem essa a frase no filme, mas o blog é meu, e é assim que vai ficar).