domingo, 14 de março de 2010

AMIGO DE SI MESMO

A FêFlá enviou este texto por email há alguns meses. É muito bacana e publico agora.



AMIGO DE SI MESMO


(texto de Martha Medeiros, publicado no jornal Zero Hora/RS - outubro/2009)

Em seu recém-lançado livro "Quem Pensas Tu que Eu Sou?", o psicanalista Abrão Slavutsky reflete sobre a necessidade de conquistar o reconhecimento alheio para que possamos desenvolver nossa autoestima. Mas como sermos percebidos generosamente pelo olhar dos outros? Os ensaios que compõem o livro percorrem vários caminhos para encontrar essa resposta, em capítulos com títulos instigantes como Se o Cigarro de García Márquez Falasse, Somos Todos Estranhos ou A Crueldade é Humana. Mas já no prólogo o autor oferece a primeira pílula de sabedoria. Ele reproduz uma questão levantada e respondida pelo filósofo Sêneca: "Perguntas-me qual foi meu maior progresso? Comecei a ser amigo de mim mesmo".

Como sempre, nosso bem-estar emocional é alcançado com soluções simples, mas poucos levam isso em conta, já que a simplicidade nunca teve muito cartaz entre os que apreciam uma complicaçãozinha. Acreditando que a vida é mais rica no conflito, acabam dispensando esse pó de pirilimpimpim.

Para ser amigo de si mesmo é preciso estar atento a algumas condições do espírito. A primeira aliada da camaradagem é a humildade. Jamais seremos amigos de nós mesmos se continuarmos a interpretar o papel de Hércules ou de qualquer super-herói invencível. Encare-se no espelho e pergunte: quem eu penso que sou? E chore, porque você é fraco, erra, se engana, explode, faz bobagem.. E aí enxugue as lágrimas e perdoe-se, que é o que bons amigos fazem: perdoam.

Ser amigo de si mesmo passa também pelo bom humor. Como ainda há quem não entenda que sem humor não existe chance de sobrevivência? Já martelei muito nesse assunto, então vou usar as palavras de Abrão Slavutsky: "Para atingir a verdade, é preciso superar a seriedade da certeza". É uma frase genial. O bem-humorado respeita as certezas, mas as transcende. Só assim o sujeito passa a se divertir com o imponderável da vida e a tolerar suas dificuldades.

Amigar-se consigo também passa pelo que muitos chamam de egoísmo, mas será? Se você faz algo de bom para si próprio estará automaticamente fazendo mal para os outros? Ora. Faça o bem para si e acredite: ninguém vai se chatear com isso. Negue-se a participar de coisas em que não acredita ou que simplesmente o aborrecem. Presenteie-se com boa música, bons livros e boas conversas. Não troque sua paz por encenação. Não faça nada que o desagrade só para agradar aos outros. Mas seja gentil e educado, isso reforça laços, está incluído no projeto "ser amigo de si mesmo".

Por fim, pare de pensar. É o melhor conselho que um amigo pode dar a outro: pare de fazer fantasias, sentir-se perseguido, neurotizar relações, comprar briga por besteira, maximizar pequenas chatices, estender discussões, buscar no passado as justificativas para ser do jeito que é, fazendo a linha "sou rebelde porque o mundo quis assim". Sem essa. O mundo nem estava prestando atenção em você, acorde. Salve-se dos seus traumas de infância.

Quem não consegue sozinho, deve acudir-se com um terapeuta. Só não pode esquecer: sem amizade por si próprio, nunca haverá progresso possível, como bem escreveu Sêneca cerca de 2.000 anos atrás. Permanecerá enredado em suas próprias angústias e sendo nada menos que seu pior inimigo.

A gente quer comida, diversão, balé...

Estou numa fase de querer colocar a minha cabeça (e a minha vida?) em ordem. Uma das resoluções que tomei é que pelo menos uma vez por semana vou sair para conferir alguma atração cultural e gratuita em BH. Na semana passada, vi uma mostra de curtas do Cine Esquema Novo, na Sala Humberto Mauro, no Palácio das Artes (fazia anos que eu não ia lá). E essa semana ainda teve o bônus da "Curiosa Teatroteca da Terça Insana".

Tem muita coisa bacana para fazer em BH sem precisar gastar dinheiro. Assim, acompanhada quando tiver esta opção, saio da rotina, movimento minha vida cultural e social, enfim, vivo mais ainda as oportunidades que a vida me dá. E o melhor, cada semana, uma surpresa...

Sábado Insano

O dia de ontem já prometia. Compras de supermercado/sacolão/padaria até 14h30. Depois, horas na cozinha fazendo pão e biscoito. Quando estávamos prontos para sair para comer pizza na casa da Ju e do Régis, um telefonema da Renatinha que mudou tudo: Háviamos granhado ingresso do para assistir a "Curiosa Teatroteca da Terça Insana". Eram oito da noite e deveríamos chegar ao Palácio das Artes até às 21 horas. Correria total, mas deu tempo e curtimos um espetáculo histórico e muito divertido. Muitas garganhadas para terminar bem o sábado!

Sábado depois da "Terça Insana" = Ôô... Ôô...Ôô... 8oD

domingo, 7 de março de 2010

Parque Estadual da Serra do Rola Moça


Imagens do passeio no Parque Estadual da Serra do Rola Moça. A vista é bonita, foi uma boa caminhada, mas este é o mais sem graça dos parques do estado. E também faltam placas de sinalização para que os visitantes aproveitem melhor o passeio.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Tapioca


Será que eu consigo fazer em casa?

Update: Tapioca é difícil pra caramba de fazer em casa. Tentei meia dúzia de vezes e não acertei o ponto. Além disso, causa uma certa lambança na cozinha e deixa a ponta dos dedos doloridos...

Contudo, fiz um pão integral que ficou ótimo!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Julgamento


(enviado pela Fernanda Flávia Martins Ferreira )

O julgamento não assume apenas a forma de crítica. A aprovação também é uma forma de julgamento. Quando aprovamos uma pessoa, fazemos um julgamento sobre ela, assim como quando a criticamos. O julgamento positivo magoa menos do que a crítica, mas não deixa de ser um julgamento, e somos prejudicados por ele de maneiras muito mais sutis. Buscar a aprovação é não ter um lugar de descanso, um santuário. Assim como todos os julgamentos, a aprovação instiga um empenho constante. Ela nos deixa incertos quanto a quem somos e qual o nosso valor real. Isso vale tanto para a aprovação que damos a nós mesmos quanto para a que oferecemos aos outros. Não se pode confiar na aprovação. Ela pode ser retirada em qualquer momento, não importa qual tenha sido nosso desempenho passado. É um nutriente tão benéfico para o verdadeiro crescimento quanto o algodão-doce. E, mesmo assim, muitos de nós passamos a vida em sua busca.

Algumas pessoas passam um tempo enorme pensando na impressão criada por suas palavras e seu comportamento, verificando como deu desempenho afetará os ouvintes, sempre representando em função da aprovação. Outras abrem um pequeno espaço entre seus pensamentos e suas palavras que lhes permite dizer apenas o que acham que agradará aos outros. Muita energia é gasta nesse processo de consertar e rever a nós mesmos. Podemos, inclusive, acabar admirando em nós o que é admirado, esperando o que é esperado e valorizando o que é valorizado pelos outros. Mudamos e nos transformamos em alguém que as pessoas que são importantes para nós possam amar. Às vezes deixamos de saber o que é verdadeiro para nós, em que direção está nossa integridade ou totalidade.

Abrimos mão de nossa integridade por várias razões. Entre as mais imperiosas estão nossas idéias quanto ao que é ser uma boa pessoa. Às vezes, não é aprovação dos outros, mas a de uma escola ou de mentor espiritual que determinam que parte de nós conservamos e que parte escondemos.. O eu natural, uma interação viva e complexa de características aparentemente opostas, vai diminuindo pouco a pouco, suplantado por algum padrão adquirido de aceitabilidade social e espiritual. Poucas pessoas são capazes de amar a si mesmas como realmente são. Talvez até tenhamos passado a sentir vergonha de nossa integridade.

Partes de nós que talvez tenhamos escondido durante toda a vida, por vergonha, com frequência, são a fonte de nossa cura. Todos fomos ensinados que alguns de nossos modos de ser não condizem com o ponto de vista e os valores comuns da sociedade ou da família em que nascemos. Cada cultura, cada família tem a sua Sombra. Quando nos dizem que “homem não chora”, que “as damas nunca discordam de ninguém”, aprendemos a evitar o julgamento renunciando aos nossos sentimentos e pontos de vista. Nós nos fazemos menos inteiros. É tipicamente humano trocar integridade por aprovação. Contudo, as partes que repudiamos não são perdidas, apenas esquecidas. Podemos lembrar nossa integridade a qualquer momento. Ao escondê-la, nós a mantivemos em segurança.

Uma das manifestações mais impressionantes da força de vida é encontrada no reino vegetal. Quando os tempos são difíceis e não é possível encontrar o necessário para florescer, certas plantas transformam-se em esporos. Essas plantas refreiam-se e isolam sua força vital para sobreviver. É uma estratégia eficaz. Esporos encontrados em múmias, esporos de milhares de anos, desenvolveram-se e se transformaram em plantas quando lhes foi dada a oportunidade de nutrir-se.

Quando ninguém ouve, as crianças formam esporos. Em um ambiente hostil ao seu caráter único, quando elas são julgadas criticadas e remodeladas por meio da aprovação, transformando-se naquilo que é desejado em vez de receberem apoio e permissão para evoluírem naturalmente conforme o que são, as crianças isolam as partes de si mesmas que não são amadas. As pessoas podem tornar-se esporos quando jovens e assim permanecer a maior parte de suas vidas. Mas um esporo é uma estratégia de sobrevivência, não um modo de vida. Esporos não crescem. Eles perduram. O que você precisa fazer para sobreviver pode ser muito diferente daquilo que precisa fazer para viver.

Os esporos das plantas são oportunistas. A força de vida está à espera neles, sondando o ambiente, procurando a primeira oportunidade para florescer. Mas as pessoas podem esquecer-se de que tornar-se um esporo é apenas uma estratégia temporária. Poucas examinam o ambiente, como fazemos esporos das plantas, para ver se as condições mudaram e se elas podem encontrar o que precisam para florescer e recuperar sua integridade. Muitos de nós ainda escondemos aquelas partes que eram inaceitáveis para nossos pais e professores, muito embora os pais tenham deixado de existir há muito tempo e, com eles, seu mundo. No mundo de minha infância, os meninos nunca choravam. Os que faziam eram maricas. Evidentemente, supunha-se que todas as meninas eram maricas. O mundo em que vivemos hoje proporciona muito mais oportunidades de expressão, mas podemos ainda viver nele como se fosse o terreno hostil de nossa infância. O mais triste é que talvez tenhamos nos esquecido como é ser inteiro. Como é sentir e chorar, como é tomar iniciativa e ter opinião própria.

Recuperar a nós mesmos em geral significa reconhecer e aceitar que temos em nós os dois lados de todas as coisas. Somos capazes de ter medo e coragem, de ser generosos e egoístas, vulneráveis e fortes. Essas coisas não se cancelam mutuamente, e nos oferecem todo um espectro de poder e resposta à vida. A vida é tão complexa quanto a nós. Às vezes, nossa vulnerabilidade é nossa força; nosso medo transforma-se em coragem e nosso sofrimento é o caminho para a integridade. Não é um mundo em que uma coisa exclui a outra. É um mundo real. Ao nos considerarmos “cara” ou “coroa”, podemos nunca possuir e gastar nosso moeda humana, o ouro puro de que ela é feita.

Mas o julgamento pode corrigir-se com o tempo. Uma das bençãos de ficar mais velha é a descoberta de que muitas das coisas que eu antes acreditava serem meus pontos fracos transformaram-se, no longo prazo, em meus pontos fortes, e outras coisas das quais eu sentia um orgulho indevido acabaram por revelar-se pontos fracos. Coisas que durante anos escondi dos outros mostram-se para mim o esteio e a riqueza da meia-idade. Que bênção é durar mais que nossos autojulgamentos e colher nossos defeitos.

O texto a seguir foi extraído do livro “Histórias que curam – Conversas sábias ao pé do fogão”, de Rachel Naomi Nemen. A autora é médica, mas trabalha há vinte anos na área de psico-oncologia.

PUBLICADO NA INTRANET DO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Lista de reparos e compras atualizada


Atualizando a lista de coisas que precisam ser consertadas ou trocadas aqui em casa:
1- Vazamento no banheiro - Resolvido - UFA!
2- Persiana da sala (funciona quando dá na telha e não funciona geralmente quando o Leo não está em casa) - Tá na mesma.
3- Ralo da pia da cozinha (ou tampa para a pia da cozinha, também serve)- Compramos um novo ralo, mas ainda quero achar a tampa.
4 - Cesto de roupas da área de serviço - Comprei um novo de plástico - ficou ótimo;
5- Gaveta da cômoda - Gambiarrei com um prego e já comprei vários para arrumar definitivamente.
6- Telefone fixo (se juntar meu aparelho celular e o fixo, não tá dando meio telefone...) - Aparentemente, vai ter que esperar até o segundo semestre.

Comprei duas formas para pão, chaves philips e de fenda, o nivelador e um rolo de abrir massa.

Ou seja, não resolvemos tudo, mas já evoluiu bastante...